Com rede insatisfeita e queda nas vendas, Chevrolet planeja virada em 2025
Se voltarmos alguns anos no tempo, é fácil lembrarmos do domínio da Chevrolet nas ruas e nas estatísticas. Em 2019, último ano antes da pandemia, a marca era líder do mercado brasileiro e, naquele ano, obteve a marca 475,6 mil veículos vendidos, com uma participação de 17,89% entre os carros de passeio e comerciais leves. Em 2020, ainda na liderança, foram mais 338,5 mil unidades, com 17,35% de participação.
Mas os números mais recentes mostram um novo cenário. Em 2024, a montadora fechou o ano com 314,9 mil unidades comercializadas, ocupando a terceira posição no ranking nacional, atrás de Fiat e Volkswagen, e com 16,11% de participação. Ainda é um volume expressivo, mas a mudança mostra que a Chevrolet está em um momento de ajustes e redefinições.
Conversamos com grupos de concessionários de diferentes regiões do país e a avaliação foi semelhante entre todos: vender modelos como Onix e Tracker tem sido mais difícil. Embora ainda sejam fundamentais para a marca, esses veículos receberam poucas atualizações nos últimos anos, o que tem afetado o interesse do público em um mercado cada vez mais competitivo. O desafio é maior para grupos que trabalham exclusivamente com a Chevrolet.
Ao mesmo tempo em que enfrenta dificuldades no segmento de entrada e volume, a Chevrolet tem apostado em modelos mais sofisticados e eletrificados, como o Blazer EV e o Equinox EV. Ambos representam um avanço importante em tecnologia, conectividade e segurança, e simbolizam a nova fase global da marca rumo à eletrificação. Porém, com preços de marcas premium, esses veículos são de difícil acesso para a maior parte dos consumidores Chevrolet. Embora tragam valor à imagem da marca, são mais uma preocupação para os concessionários, que não conseguem rentabilizar a operação.
Do UOL