Com salários abaixo do mínimo, 81 mil domésticas mudam de profissão

As trabalhadoras domésticas estão deixando o setor e migrando para outras áreas. Somente nos últimos 12 meses, 81 mil pessoas saíram do trabalho. Os dados, divulgados pela BBC Brasil, apontam um crescimento no número de profissionais da área que entraram em setores como telemarketing e supermercados.

A principal queda se deu entre as trabalhadoras domésticas mais jovens. Atualmente, 11% delas têm idade entre 18 e 24 anos. Estima-se que mais de 1,6 milhão de pessoas estejam empregadas em serviços domésticos.

A renda da categoria teve aumento de 43,5%, entre 2002 e 2011. No entanto, de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em 2009, o salário médio era de  R$ 386.

O governo federal se comprometeu a encaminhar para o Congresso, ainda neste ano, uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que assegura todos os direitos trabalhistas às empregadas domésticas. Com isso, entre outros ganhos, a jornada não poderá passar de 44 horas semanais, além da garantia de adicional noturno e de insalubridade.

Da Radioagência NP