“Combate à corrupção começa com Reforma Política”, diz Wagnão
O secretário-geral do Sindicato, Wagner Santana, o Wagnão, analisou os atos dos últimos dias 13 e 15, que levaram milhões de brasileiros às ruas e o que cada movimento representa para a democracia e para o aperfeiçoamento das instituições do País.
Segundo ele, o combate à corrupção, que aparentemente é um ponto em comum entre as manifestações, tem recebido tratamento diferenciado na abordagem do tema.
“O tema da corrupção foi apontado pela maioria dos participantes dos dois atos como sendo o principal motivo para ocupar as ruas”, lembrou Wagnão.
“No entanto, existe uma diferença entre as propostas para combater essa doença, que é a corrupção”, completou.
Para o secretário-geral, os movimentos sindicais e sociais, que estiveram na Avenida Paulista e caminharam até a Praça da República na sexta-feira, têm claro que a influência do poder econômico sobre as eleições prejudica a sociedade.
“As doações de empresas privadas para campanhas eleitorais é o início de uma relação que se tornará uma troca de favores entre financiadores e políticos eleitos”, afirmou.
“Só existe uma maneira de acabar com essa prática nefasta para a sociedade, que é a proibição destas doações”, defendeu.
Wagnão disse que não viu no movimento do dia 15 de março, nenhuma manifestação neste sentido, nenhuma proposta para coibir essa influência do poder econômico.
“Essa é uma diferença marcante entre os movimentos. O do dia 13, que quer uma reforma política para enfrentar e combater de fato a corrupção no Brasil e o outro que usa a corrupção para continuar fazendo disputa política, depois de ter perdido as eleições de outubro”, destacou.
“O movimento do dia 15 quer que a população acredite que basta tirar a presidenta e o PT, que a corrupção acabará no Brasil”, continuou o dirigente.
“Todos sabemos que não será um golpe à democracia que impedirá a corrupção e sim a Reforma Política”, finalizou.
Da Redação