Combate ao desemprego é pauta de 2017

(Foto: Adonis Guerra)

O presidente do Sin­dicato, Rafael Mar­ques, fez um alerta à categoria sobre as consequên­cias da crise econômica mun­dial, que ainda influenciarão os trabalhadores no Brasil.

“Este ano de 2017 será marcado pela luta no com­bate ao desemprego no País”, afirmou.

A opinião do presidente está baseada no relatório da Organização Internacional do Trabalho, a OIT, publi­cado na última quinta-feira, dia 12.

Segundo o estudo, 13,8 milhões de brasileiros estarão sem emprego até o ano que vem e, no mundo, serão 201 milhões de desempregados.

Os dados da OIT apontam que o desemprego global terá aumento de 3,4 milhões em 2017.

“O mais assustador desse dado é que a cada três pessoas que perderão seus empregos, uma será no Brasil”, lamen­tou.

(Foto: Adonis Guerra)

O País terá a terceira maior população de desempregados entre as maiores economias do mundo, superado apenas pela China e Índia, países com uma população cinco vezes superior à nossa.

Rafael também alertou para o fato da região do ABC ainda estar sendo afetada pela crise e muitas empresas continuarem dispensando trabalhadores.

“Existem muitos compa­nheiros desempregados que nos procuram no Sindicato. A luta pelo emprego é prio­ritária para o movimento sin­dical brasileiro”, completou o presidente.

Precarização

O relatório da OIT afir­ma ainda que o crescimento econômico menor do que o esperado também é preocu­pante pela incapacidade de criar empregos suficientes e muito menos empregos de qualidade.

“A persistência de altos níveis de formas vulneráveis de emprego, associadas a uma evidente falta de avanços na qualidade dos empregos – mesmo em países onde os números agregados estão melhorando – é alarmante”, destacou o diretor geral da OIT, Guy Ryder.

O relatório mostra que as formas vulneráveis de tra­balho – como trabalhadores familiares não remunerados e trabalhadores por conta pró­pria – devem constituir mais de 42% da ocupação total, ou seja, 1,4 bilhão de pessoas em todo o mundo em 2017.

“Nos países emergentes qua­se um em cada dois trabalha­dores se insere num emprego vulnerável”, finalizou.

Da Redação