Começa a Campanha Salarial

Reposição, aumento real e pisos únicos. Renovação da convenção coletiva. Redução da jornada sem redução de salário. Fim das horas extras para gerar emprego e renda.

Plenária da Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM-CUT) definiu os eixos prioritários, a pauta de reivindicações e o calendário da campanha. Primeira assembléia dos metalúrgicos do ABC será no próximo dia 17.

Primeira assembléia é dia 17

O pontapé para o início da campanha salarial será dado dia 17.  Nessa data o Sindicato fará assembléia para debater e votar a pauta de reivindicações. Plenária realizada no último sábado com os sindicatos filiados à Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM-CUT) definiu que a campanha será lançada dia 1º de julho, com um ato em frente à Fiesp, na Avenida Paulista, que também irá reunir químicos e bancários.

“Acreditamos que faremos uma boa campanha em função do crescimento da economia. Temos, é claro, uma preocupação com os juros altos e o dólar baixo, mas esses motivos não devem ser impedimentos para um bom acordo”, disse o presidente da FEM, Adi dos Santos Lima.

Pauta

Além dos quatro eixos prioritários (salário, redução da jornada, renovação da atual convenção coletiva e fim da horas extras), a campanha voltará a insistir na unificação da data-base em  setembro. Isto porque o Grupo 9 fixou a data-base em agosto e o Grupo 10 a manteve em novembro.

Outra reivindicação importante, decidiu a plenária, é de colocar fim aos contratos de trabalho temporário. “Além de promover uma alta rotatividade e reduzir salários, as empresas burlam a legislação ao não registrar a carteira de trabalho”, afirmou Adi, apontando o problema com mais intensidade nas fábricas do Grupo 9 e de autopeças.

Também serão reapresentadas reivindicações como o cumprimento da lei de cotas para a contratação de pessoas com deficiência e subvenção de estudos. “Os patrões dizem que cumprem a lei de cotas ao contabilizar pessoas com sequelas por acidente e não é delas que falamos. E se os patrões querem trabalhadores mais qualificados e com maior nível de escolaridade terão de contribuir para isso”, acrescentou o presidente da FEM.