Começa a Marcha do Salário Mínimo
CUT e outras centrais sindicais fazem hoje a II Marcha a Brasília. José Lopez Feijóo, presidente do Sindicato, fala das expectativas da manifestação.
Milhares de sindicalistas da CUT, CGT, Força Sindical, CAT e SDS fazem hoje a II Marcha do Salário Mínimo, em Brasília.
As centrais exigirão do Congresso Nacional e do governo federal reajuste ao salário mínimo maior que o previsto no orçamento e a implantação de uma política permanente para sua valorização. Também reivindicarão reajuste na tabela do Imposto de Renda e a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais.
Às 17h, haverá audiência especial com os ministros da Casa Civil, Dilma Roussef; da Fazenda, Antonio Palocci; do Planejamento, Paulo Bernardo; do Trabalho, Luiz Marinho, e da Coordenação Política, Jaques Wagner. A manifestação será encerrada com um abraço ao Congresso no início da noite.
“Para melhorar a distribuição de renda”
O presidente do Sindicato participará da Marcha
Os sindicalistas sairão de Brasília com algo concreto?
Os números para a correção da tabela e salário mínimo saberemos na metade do mês que vem. Acredito que a marcha pressionará o governo a apresentar um reajuste do mínimo maior que o previsto, de R$ 321,00, e confirmar uma política para sua valorização a partir do ano que vem. Nesse ponto apoiamos a proposta da CUT de imposto sobre grandes fortunas para criar um fundo de aumento para o mínimo. Amanhã, iremos ao Congresso pedir a tramitação dos projetos de lei de redução da jornada de trabalho. É uma forma avançada de geração de emprego e para aproveitar melhor o crescimento econômico.
E o Imposto de Renda?
Vamos lembrar o compromisso do governo em zerar a inflação no período do presidente Lula. Queremos corrigir a tabela do Imposto de Renda pela inflação deste ano e mais a metade do resíduo da inflação dos anos anteriores. Com isso, manteremos intocados os aumentos reais que conseguimos na campanha salarial, embora a gente saiba que existe uma defasagem herdada do governo FHC.
Como você viu os números da PNDA?
É o resultado das políticas do governo Lula. Pela primeira vez, em décadas, a gente vê uma reação positiva de todos os números, reduzindo as desigualdades. Temos muito que avançar e a fazer. É por isso que lutamos pela valorização do salário mínimo e correção na tabela do IR, ambas servem para distribuição de renda.