Começa a mobilização!

Assembleias na Scania (ao lado) e Proxyon (no destaque), em São Bernardo, deram o pontapé inicial na mobilização nas portas das fábricas para a Campanha Salarial de 2010.


Sérgio Nobre disse na assembleia na Scania que mobilização será fundamental

Assembleias de mobilização começam pela Scania e Proxyon

Em assembleia de Campanha Salarial realizada na portaria da Scania, em São Bernardo, o presidente do Sindicato, Sérgio Nobre, alertou que só a mobilização da categoria pode garantir um bom acordo.

“Não tenham dúvida. As negociações serão difíceis, pois nenhum patrão gosta de dividir a riqueza que nós produzimos para ele”, advertiu. Sérgio Nobre lembrou que a pressão no chão de fábrica e nos escritórios é decisiva. “O clima criado nas empresas reflete na mesa
de negociação”, afirmou o dirigente.

Por isso, outras assembleias de mobilização serão realizadas nas empresas da base nas próximas semanas.

As pautas já foram entregues aos grupos patronais e o calendário de negociação está sendo definido.

Unidade na luta
Além das cláusulas econômicas, a categoria reivindica a extensão da licença maternidade de 180 dias para todas as mulheres me talúrgicas do ABC.

“Um de nossos desafios é colocar na convenção coletiva a licença de 180 dias, para ampliar as conquistas voltadas às mulheres”, disse Simone Vieira, da Comissão de Mulheres Metalúrgicas.

O presidente da Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM) da CUT, Valmir Marques, o Biro Biro, adiantou que a bancada dos trabalhadores negociará unida.

“Vamos uniformizar o discurso e fortalecer o debate a partir do nosso ponto de vista como forma de avançar em nossos direitos”, afirmou.

A FEM-CUT tem 12 sindicatos filiados, que representam 250 mil metalúrgicos no Estado de São Paulo.

Contra a rotatividade
Na assembleia realizada na Proxyon, os trabalhadores denunciaram a rotatividade que vem ocorrendo no setor de autopeças. A companheirada pediu um basta nessa situação.

Para Moisés Selerges, coordenador de base em São Bernardo, somente a união e luta dos trabalhadores vão colocar um fim à rotatividade. “Essa disposição de luta ficou demonstrada de forma clara na assembleia”, afirmou.

“Outro caminho é a elevação do piso da categoria, uma das cláusulas da nossa campanha salarial”, concluiu.