Começa na Grécia semana de greves contra medidas de austeridade

A Grécia viverá a partir desta segunda-feira (05/11) e durante toda a semana várias paralizações setoriais e uma greve geral de 48 horas, a partir de terça-feira (06/11), contra as medidas de austeridade que o governo do conservador Antonis Samaras pretende aprovar na quarta-feira no Parlamento.

Os taxistas se declararam hoje em greve de 24 horas e os trabalhadores do serviço de metrô e bonde, até o final da terça-feira. Os médicos e funcionários de saúde dos hospitais públicos foram convocados a uma greve de três dias, até quarta-feira, e os hospitais só atenderão urgências.

Da mesma forma, os advogados começam hoje uma greve de cinco dias. Até mesmo os jornalistas iniciarão hoje uma greve de 24 horas contra da intenção do governo de fundir o fundo próprio da Previdência Social da categoria com o geral do Estado.

A proposta foi rejeitada já na semana passada pelo Parlamento, apesar de que o Ministério das Finanças pretende voltar a apresentá-la nesta semana com o resto de medidas de austeridade. Os jornalistas da televisão e da rádio públicas estão há vários dias em greve exigindo a readmissão de dois apresentadores que foram exonerados por criticar um ministro por supostas torturas policiais a militantes anarquistas.

Além disso, os trabalhadores da companhia pública de eletricidade iniciarão nesta noite uma greve de 24 horas, pelo que se avisou de eventuais cortes de fornecimento elétrico.

Paralisação

A greve de 48 horas contra as medidas de austeridade e os cortes foi convocada para terça-feira e quarta-feira pelas duas principais confederações de trabalhadores, GSEE (setor privado) e ADEDY (servidores), e apoiada por duas grandes associações de pequenos empresários e comerciantes, ESEE e GSEVEE.

O governo apresentará hoje ao Parlamento o pacote de medidas de austeridade, que será votado na quarta-feira, exigido pela União Europeia e pelo Fundo Monetário Internacional em troca de um novo lance de financiamento. No domingo à noite está prevista a votação dos orçamentos para 2013, que incluem boa parte dos novos cortes exigidos pelos credores internacionais.

 

Do Opera Mundi