Começa pressão no Congresso

Seminário que se encerra hoje em Brasília marca os primeiros atos que um grupo de sindicalistas faz em defesa da reforma sindical. No evento serão debatidos os pontos aprovados no Fórum Nacional do Trabalho e, em seguida, elaborado documento de apoio às propostas de reforma.

O documento será entregue no final da tarde aos presidentes do Senado, José Sarney, e da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha. O evento é também uma resposta para parcela do movimento sindical contrária a reforma. Semana passada alguns sindicatos se posicionam contra a medida e fizeram manifestação na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.

Fim da unicidade
Para o presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, deputado federal Maurício Rands (PT-PE), o motivo da oposição à reforma é a eliminação das cobranças compulsórias e a exigência de sindicalização de 20% nas bases. “Esses sindicatos estão preocupados com o fim da contribuição compulsória e com o fim da unicidade sindical”, disse.

Para o presidente do Sindicato, José Lopez Feijóo, que participa do seminário, a proposta elaborada pelo Fórum Nacional do Trabalho é representativa e apresenta avanços. Segundo ele, a reforma sindical foi votada em plenária do Fórum, composta por 81 representantes, inclusive dos sindicatos. “A reforma tornará os sindicatos mais legítimos, mais fortes e melhor fiscalizados”, afirma Feijóo.