Começa semana decisiva que pode afastar Bolsonaro da presidência
De hoje até quinta-feira, 14, a PGR (Procuradoria-Geral da República) conclui se irá denunciar Bolsonaro por corrupção passiva privilegiada, obstrução de Justiça e advocacia administrativa por tentar interferir na autonomia da Polícia Federal.
Neste período três ministros de Estado, seis delegados e uma deputada federal devem prestar depoimento no inquérito que investiga a veracidade das acusações do ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro contra o presidente.
Além disso, o ministro Celso de Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), pode decidir nos próximos dias sobre a divulgação do vídeo da reunião ministerial em que Bolsonaro teria ameaçado Moro de demissão caso não trocasse o diretor-geral da PF.
Nesta investigação, Bolsonaro poderá ser denunciado pela PGR e, se a Câmara aprovar o prosseguimento das investigações, será afastado do cargo automaticamente por 180 dias.
“É importante destacar que não se trata de um duelo para ver quem sai vencedor, todos já perdemos. Moro por sua total falta de caráter ao aceitar o cargo de ministro da Justiça no governo de um político nitidamente corrupto, o qual ele, inclusive, ajudou a eleger ao prender sem provas seu principal adversário, então líder nas pesquisas. Bolsonaro que a cada dia se mostra mais incapaz, num momento tão sério em que o país precisa de uma liderança que aponte caminhos para salvar sua população. E a sociedade como um todo que precisa lidar ao mesmo tempo com dois vírus tão mortais”, enfatizou o presidente do Sindicato Wagner Santana, o Wagnão.