Começam as negociações da Campanha Salarial 2023
FEM-CUT teve reuniões ontem com as bancadas patronais da Estamparia e do Sindratar
Os Metalúrgicos do ABC participaram, junto com dirigentes da FEM-CUT (Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT) e dos sindicatos filiados, das primeiras rodadas de negociação da Campanha Salarial 2023. As reuniões ontem foram realizadas online com as bancadas patronais do Siniem (Estamparia) e do Sindratar (refrigeração, aquecimento e tratamento de ar).
O coordenador da Regional Diadema, Antonio Claudiano da Silva, o Da Lua, contou que a Federação reforçou os tópicos da pauta dos trabalhadores e que as bancadas patronais também deram indicações do que pretendem.
“Este é o início das conversas, a partir de agora começaremos a aprofundar a discussão como um todo, com a renovação das nossas cláusulas sociais, com melhorias nas que entendemos que precisam melhorar, e buscar a reposição da inflação e o aumento real”, disse.
“Serão discussões intensas até que possamos chegar a um denominador comum que possa atender os anseios dos trabalhadores e das trabalhadoras”, afirmou.
O coordenador da Regional Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, Marcos Paulo Lourenço, o Marquinhos, avaliou que, pelas primeiras reuniões, a Campanha Salarial não será fácil. “As campanhas salariais sempre são difíceis, mas este ano já vieram para o embate logo na primeira reunião, que costuma ser de repassar a pauta e de primeiras tratativas”.
“Então será preciso que os trabalhadores e as trabalhadoras estejam atentos, acompanhem a Tribuna e as redes sociais do Sindicato, porque a qualquer momento será preciso fazer mobilização para mostrar a nossa disposição de luta”, alertou.
O coordenador de São Bernardo, Jonas Brito, reforçou a necessidade de mobilização para manter direitos e conquistar avanços. “Já disseram que querem rever a cláusula da estabilidade dos acidentados, que é muito importante para a nossa categoria. Isso mostra que os trabalhadores e as trabalhadoras devem estar juntos e mobilizados para não perder nenhum benefício, inclusive essa cláusula que não podemos abrir mão”, defendeu.
“Essa é uma cláusula garantida pela nossa Convenção Coletiva e temos que resistir para que seja mantida”, concluiu.
Reconstrução
O slogan deste ano é “A luta continua pela reconstrução dos direitos, dos salários e da democracia”. A pauta de reivindicações foi aprovada pelos metalúrgicos e metalúrgicas do ABC em Assembleia Geral no dia 29 de junho.
Os eixos da Campanha Salarial: reposição da inflação, aumento real, valorização dos pisos salariais, valorização das convenções coletivas de trabalho, redução da jornada sem redução de salário e redução dos juros. A data-base é 1º de setembro.
A FEM-CUT representa 13 sindicatos e negocia a Campanha Salarial 2023 para cerca de 200 mil trabalhadores metalúrgicos no Estado de São Paulo.