Comissão critica grupo de busca no Araguaia

A Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos criticou a iniciativa do Ministério da Defesa de criar um grupo formado apenas por militares para procurar os corpos de pessoas desaparecidas na Guerrilha do Araguaia.
Em nota, o presidente da comissão, Marco Antônio Rodrigues Barbosa, acusou o Ministério de não ter consultado a Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República e nem o Ministério da Justiça, “causando profundo constrangimento à Comissão Especial, por invadir sua área de competência legal”.
Entendimento oposto “A iniciativa conferiu um caráter fundamentalmente militar à nova expedição ao Araguaia, ao determinar que a execução dos trabalhos e a coordenação do grupo sejam entregues a um general de brigada, cujo entendimento sobre o episódio é oposto aos sentimentos e objetivos dos parentes desses mortos e desaparecidos políticos”, afirma a nota.
Nosso Sindicato apoia a crítica feita pela Comissão, por entender que uma missão formada apenas por militares certamente limitará os resultados da investigação.