Comissão da Unasul se reúne nesta terça em Caracas para discutir conflito na Venezuela
Estudantes de medicina da Universidade Central da Venezuela protestam contra o governo de Maduro
Grupo foi criado durante reunião extraordinária em Santiago do Chile no último dia 12, na posse de Michelle Bachelet
Começa hoje (25) a reunião da comissão de chanceleres da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) em Caracas, na Venezuela. Os líderes devem participar da Conferência Nacional da Paz, criada pelo presidente Nicolás Maduro, e mediar o diálogo entre o governo e a oposição no país.
A comissão surgiu no último dia 12, durante reunião extraordinária no Chile convocada pela presidente brasileira, Dilma Rousseff. O papel do grupo seria visitar a Venezuela e participar dos diálogos entre governo e oposição, buscando o fim do conflito que se instalou no país no início de fevereiro.
Durante a reunião, os chanceleres da Unasul aprovaram uma resolução na qual apoiam o governo venezuelano no diálogo com setores sociais, forças políticas, econômicas e estudantis do país e informaram que não aceitam a interferência dos Estados Unidos na Venezuela. Eles estavam em Santiago para a cerimônia de posse da presidente chilena Michelle Bachelet.
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, afirmou que a comissão é bem-vinda no país. Segundo ele, as deliberações dos chanceleres dos países-membros do bloco serão “muito boas”. “Tomara que a Unasul ative rápido a comissão de acompanhamento, de apoio, bem-vinda. E bem-vindo todo o apoio da América Latina e do Caribe que nos acompanha e sabe a verdade da Venezuela”, expressou.
Uma onda de protestos começou na Venezuela no dia 12 de fevereiro, contra o governo de Maduro. Com o tempo, apoiadores chavistas também começaram a se manifestar, aumentando a tensão no país. A presidente Dilma Rousseff convocou a reunião ocorrida no Chile para discutir a questão venezuelana e o posicionamento da Unasul em relação ao problema.
Fazem parte da Unasul a Bolívia, o Paraguai, o Equador, a Colômbia, o Brasil, o Uruguai, a Argentina, o Chile, a Venezuela, o Peru, a Guiana e o Suriname. México e Panamá são membros observadores. Atualmente, a presidência do bloco é do Suriname. A reunião da comissão criada para discutir o conflito na Venezuela deve durar entre hoje (25) e amanhã (26).
Da Rede Brasil Atual