Comissão destaca importância do Dia Internacional contra a LGBTfobia e cobra dignidade e respeito

Criada em 2004, a data marca a decisão da OMS de retirar a homossexualidade da Classificação Internacional de Doença

Foto: Adonis Guerra

Amanhã, 17 de maio, o mundo celebra o Dia Internacional contra a LGBTfobia, data que reforça a luta por igualdade, respeito, inclusão e dignidade para lésbicas, gays, bissexuais, pessoas trans e demais identidades da comunidade LGBTQIAPN+. Criada em 2004, a data marca a decisão da OMS (Organização Mundial da Saúde) de retirar a homossexualidade da Classificação Internacional de Doenças, ocorrida em 1990.

“Quando se trata de questões relacionadas à comunidade LGBTQIAPN+, a frase célebre ‘não há cura para o que não é doença’ ganha especial relevância. Por esse motivo, o dia 17 de maio ocupa um lugar de destaque para a nossa comunidade, quando práticas como a ‘cura gay’ passaram a ser proibidas. Comemoramos esse importante marco como um direito fundamental que nos foi reconhecido, mantendo sempre viva a nossa luta por equidade e direitos iguais”, destacou o coordenador da Comissão LGBTQIAPN+ do Sindicato, Arthur França.

A integrante da comissão, e CSE na empresa Apis Delta, Cláudia Alexandra Rodrigues, lembrou que apesar de alguns avanços o preconceito ainda persiste. “Tivemos importantes avanços, como legislações sobre o casamento igualitário e o reconhecimento da identidade de gênero, mas a exclusão no mercado de trabalho e o preconceito na sociedade ainda persiste.  Precisamos refletir sobre que mundo estamos construindo para as novas gerações. Todos merecem dignidade, oportunidades e respeito. Nesse sentido são essenciais nossas conversas nas fábricas sobre inclusão e combate ao preconceito”.

Foto: Adonis Guerra

Em números

De acordo com o último levantamento divulgado pelo Observatório do Grupo Gay da Bahia (GGB), o número de mortes violentas de pessoas LGBTQIAPN+ no Brasil cresceu 13,2% em 2024, quando comparado com os registros do ano anterior.

O levantamento é feito há 45 anos e leva em conta notícias veiculadas na imprensa e correspondências enviadas à ONG. Foram computados homicídios, latrocínios, suicídios e outras causas.

Segundo os dados, o Brasil teve 291 pessoas da comunidade LGBTQIAPN+ mortas no ano passado, 34 a mais que em 2023, quando o país registrou 257 casos.