Comissão reforça conquistas e segue na linha de frente da luta antirracista
Com políticas afirmativas em destaque no mês da Consciência Negra, Comissão de Igualdade Racial analisa avanços e desafios

A Comissão de Igualdade Racial e Combate ao Racismo reforçou, no mês da Consciência Negra, a importância das políticas afirmativas no enfrentamento às desigualdades históricas no Brasil. O coordenador do coletivo, Clayton Willian, o Ronaldinho, destacou que essas ações são resultado direto da luta dos movimentos negros e do trabalho permanente da Comissão dentro do Sindicato. “Nada disso surgiu por acaso. É conquista de décadas de pressão social, organização e resistência”, afirmou.
Entre as principais políticas, Clayton citou as cotas nas universidades públicas, que ampliaram o acesso de estudantes negros, pardos, indígenas e egressos da escola pública ao ensino superior. “As cotas transformaram a composição das universidades e abriram caminhos antes negados”, avaliou.
Ele também destacou programas como o ProUni (Programa Universidade para Todos) e o incentivo à permanência estudantil. No serviço público, lembrou que concursos com reserva de vagas impulsionam a diversidade institucional. No setor privado, iniciativas voltadas à inclusão têm ampliado oportunidades e enfrentado barreiras estruturais.
Clayton ressaltou ainda a obrigatoriedade do ensino da história e da cultura afro-brasileira nas escolas e programas governamentais como o Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial. “E não podemos esquecer o Pé-de-Meia, que apoia jovens da escola pública, majoritariamente pretos e indígenas”, completou.
Para a Comissão, cada avanço reafirma o compromisso de seguir combatendo o racismo e garantindo direitos. “A luta continua. Nosso papel é vigiar, cobrar e fortalecer políticas que mudam vidas”, concluiu.