Comitê Mundial na Volks: Solidariedade em defesa do emprego e salário para todos
Frank Patta é coordenador do Comitê Sindical dos metalúrgicos na planta da Volks em Wolfsburg, na Alemanha, e está no Brasil em visita de intercâmbio, depois de passar pelo México.
Em entrevista para a Tribuna, ele falou sobre a ação do Comitê Mundial dos Trabalhadores no grupo Volks na defesa dos interesses da categoria.
Quantos trabalhadores o Comitê Mundial representa?
Ao todo são 325 mil trabalhadores, em 45 plantas. A capacidade de produção é de mais de 5 milhões de carro/ano, mas atualmente produzimos bem menos. Aqui no Brasil a produção ocupa 60% da capacidade instalada.
Quais os debates atuais entre o Comitê e a direção da Volks?
Atualmente as discussões com a empresa voltam-se para esse excesso de capacidade instalada das plantas. Para evitar demissões, a saída foi flexibilizar a jornada de trabalho com a Semana Volks, além de jogarmos com os turnos. Esse problema afeta todas as plantas, menos as duas da China, que estão contratando.
Quais outras ações do Comitê Mundial?
Temos também nos preocupado com a distribuição dos produtos pelas plantas, numa ação solidária que permita garantir emprego e salário para todos os trabalhadores do grupo Volks.
Por exemplo: se o Tupi Europa vier para a planta Anchieta, também serão beneficiados os trabalhadores argentinos de Córdoba, que produzem câmbio e motor.