Comitês nacionais: Cada vez mais trabalhadores se unem em busca de avanços
Os metalúrgicos estão
cada vez mais preocupados
com a organização de redes
nacionais para unir forças
aos companheiros das fábricas
de um determinado
grupo. Nos últimos dias, o
pessoal em duas empresas
realizaram os primeiros encontros.
Na Arcelor
Mital, a coordenação
do Comitê
Nacional,
criado em abril
deste ano, se
reuniu para formular
pauta de
reivindicações
comum e iniciar
um processo de discussão
com a empresa.
O documento conta
com reivindicações como
piso salarial nacional, database,
organização no local
de trabalho e redução de
jornada, sem redução de
salário.
Francisco Correa Sobrinho,
o Pardal do Comitê Sindical da Arcellor
em Ribeirão Pires (antiga
Inox Tubos) e membro da
coordenação do Comitê
Nacional, valoriza a importância
dessa união dos trabalhadores.
“Infelizmente, em algumas
regiões
a organização é
um pouco diferenciada.
Com esses encontros
podemos levar
nossa experiência
e lutar por
igualdade.”
A fábrica de Ribeirão
Pires ainda tem o companheiro
João Alves no comitê
nacional, que reúne
trabalhadores das 12 plantas
da Arcellor espalhadas por
São Paulo, Minas Gerais e
Bahia. Os trabalhadores na
Arcellor Mital também criaram
o Comitê Mundial de
Saúde e Segurança no local
de trabalho.
ZF – Representantes dos trabalhadores
na ZF do Brasil
também discutiram estratégias
de ação sindical durante
o 1º Encontro Nacional dos
Trabalhadores na ZF, realizado
em Sorocaba. O encontro
reuniu dirigentes das
quatro plantas no Brasil.
Segundo Maria Ferreira,
que trabalha na fábrica
de Belo Horizonte, é de
fundamental importância a
participação das mulheres
nos Comitês.
“Elas ainda têm pouquíssima
participação”, afirmou,
ao dizer que há planos
para os próximos encontros
terem, pelo menos, uma
mulher de cada planta.