Como a VW vai elevar o número de mulheres na liderança no Brasil
Com empréstimo bancário atrelado a metas ESG, montadora terá que promover mudanças profundas de governança e cultura organizacional
No início de fevereiro, a Volkswagen anunciou a captação de R$ 500 milhões em empréstimo bancário atrelado a metas ESG (Governança Ambiental, Social e Corporativa). Sob risco de multa, a montadora se comprometeu a elevar, até 2024, o número de mulheres em cargos executivos de 14% para 26% e de 9% para 25% as mulheres em cargos de gerência e gerência executiva.
O vice-presidente de recursos humanos da Volkswagen do Brasil, Douglas Pereira, detalha a estratégia da organização, que inclui transformações profundas na cultura e no modelo de governança da empresa. As metas para liderança feminina são ambiciosas, mais altas do que a média do setor. As mulheres em cargos executivos e de gerência são 16% e 20%, respectivamente, de acordo com o estudo Diversidade no Setor Automotivo, da Automotive Business.
Segundo o executivo, os objetivos da montadora, no entanto, foram definidos a partir de indicadores já acompanhados internamente e da vontade da organização de “fazer movimentos mais ousados”. Desde 2017, a VW tem olhado para a representatividade feminina na liderança. Em 2020, a empresa tornou-se signatária dos WEPs (Princípios de Empoderamento das Mulheres), da ONU.
Apesar da captação de crédito atrelado a metas ESG, que inclui diversidade, a VW não terá um orçamento exclusivo para os projetos. “A área de RH tem ações que estão previstas no orçamento, mas não fez um modelo de consolidar todas as linhas de investimento de diversidade em uma única conta”, explicou Pereira.
Do Automotive Business