Como BYD e GWM querem eletrificar os carros brasileiros

Detentor da sexta maior frota automotiva e uma das matrizes energéticas mais limpas do planeta, o Brasil desponta como uma das principais alavancas da estratégia global de atuação da BYD e GWM fora da China. As duas montadoras, especializadas em carros elétricos, têm planos de inaugurar duas fábricas este ano, posicionando o país como hub de fabricação na América Latina.

A primeira das fábricas chinesas a sair do papel será a da GWM, em Iracemápolis (SP). A planta pertencia à Mercedes-Benz e está sendo adaptada a um custo de R$ 4 bilhões. O início da operação está previsto para julho. A ideia original era inaugurá-la com o lançamento de uma picape híbrida, mas a estratégia inicial foi alterada devido à retomada do imposto de importação sobre os carros elétricos. Para ganhar escala de produção, a montadora avalia duas opções SUVs híbridos (Haval H6 e H4) para iniciar suas atividades de manufatura local. “

Já a “consanguínea” BYD, a maior fabricante de carros elétricos do mundo, está investindo mais de R$ 3 bilhões em um complexo fabril em Camaçari (BA), onde ficava uma fábrica da Ford desativada em 2021. No Brasil, a montadora irá fabricar os modelos elétricos BYD Dolphin e Yuan Plus e o híbrido plug-in Song Plus. Outros modelos também poderão ser fabricados de acordo com o interesse do mercado brasileiro.

Com previsão de início da operação no final de 2024, a linha de montagem está sendo preparada para produzir 150 mil carros por ano na primeira fase, podendo chegar a 300 mil unidades. Devem ser geradas 10 mil vagas de empregos diretos e indiretos, o dobro da previsão inicial. Em Salvador (BA), a gigante asiática vai construir um centro de P&D. Um dos principais objetivos é o desenvolvimento tecnológico de um motor híbrido-flex para combinar o etanol brasileiro com o motor elétrico da empresa.

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