Como diria Chico Buarque: “Apesar de você…”
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Em 2024, as instituições de mercado no Brasil têm corrido para corrigir as projeções de crescimento econômico do país. Em todas essas revisões, há um ponto em comum: o erro inicial de cálculo em larga escala.
Nas últimas semanas, vários agentes econômicos anunciaram que o PIB deverá crescer acima de 3% este ano. A CNI (Confederação Nacional da Indústria) revisou sua estimativa para 3,4%, o FMI (Fundo Monetário Internacional) projeta 3%, o IPEA estima alta de 3,3% e o Boletim Focus do Banco Central aponta para 3,2%.
Em janeiro, o Boletim Focus apresentou projeção de crescimento com 1,59% e o FMI estimou em 1,7%. Na mesma época, a CNI considerou 2024 um ano de desafio para o Brasil, com expectativa de desaceleração do crescimento e estimativa de 1,7% para o PIB, com o setor industrial avançando apenas 0,9%. Agora, tudo indica que o PIB industrial deverá fechar o ano em patamar mais alto.
Com as taxas de juros ainda elevadas, inibindo a atividade produtiva e sem perspectivas de redução naquela época, um cenário otimista parecia distante. No entanto, a recuperação econômica, impulsionada pela melhoria na renda e pela queda do desemprego, superou as expectativas, apesar da resistência do presidente do Banco Central em baixar a Selic.
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