Como é, como deveria Ser

Deu na última pesquisa nacional da cesta básica de alimentos do DIEESE: o salário mínimo necessário para alimentar uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 5.886,50 em outubro, o que é mais de 5 vezes superior ao salário mínimo vigente, de R$ 1.100.

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O estudo mostra que o custo da cesta comprometeu, em outubro, quase 58,4% do salário mínimo para comprar os alimentos básicos para apenas uma pessoa adulta.

Quando olhamos para os dados da PNAD Contínua, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio, a dimensão é mais preocupante. O desemprego no trimestre encerrado em agosto atinge 13,7 milhões de pessoas, mas temos 32 milhões que são considerados subutilizadas com jornadas de trabalho insuficientes, 5,3 milhões desalentados, pessoas que desistiram de procurar emprego.

Por outro lado, o tipo de ocupação que mais cresce no país está ligado aos trabalhadores por conta própria, nos chamados bicos. No segundo semestre essa proporção passou para 55,6% da força de trabalho, com cerca de 2 milhões recebendo no máximo um salário mínimo. Já a renda média do trabalho no Brasil gira em torno de R$ 2.500, menos da metade do salário mínimo necessário para uma família.

Nesta semana, a Reforma Trabalhista completará 4 anos. Aqueles que a defendiam, diziam que as mudanças eram necessárias para gerar novos postos de trabalho, elevar a renda das famílias e melhorar as condições de vida para o conjunto dos trabalhadores. Nada disso era verdade.

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