Companheiros na Fledlaz aprovam disposição de luta
Fotos: Edu Guimarães
Os trabalhadores na empresa Fledlaz, em Ribeirão Pires, aprovaram durante assembleia na manhã de ontem, disposição de luta na Campanha Salarial pela assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho, a CCT.
A empresa integra o sindicato patronal Sindicel que segue com a negociação emperrada. Os patrões apresentaram uma longa contra pauta e a Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT, FEMCUT, vem lutando para que a CCT seja renovada em sua totalidade.
“O que está em jogo é a história de luta da classe trabalhadora. Não podemos permitir que todos esses direitos conquistados sejam agora destruídos com as reformas Trabalhista e da Previdência e a Terceirização. A mobilização é fundamental para garantirmos a assinatura do acordo”, afirmou o coordenador da Regional de Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, Marcos Paulo Lourenço, o Marquinhos.
O secretário-geral dos Metalúrgicos do ABC, Aroaldo de Oliveira da Silva, falou sobre a precarização do trabalho no México, após a aprovação da reforma naquele país e alertou os companheiros. “Se deixamos que a reforma Trabalhista seja aplicada aqui, milhões de brasileiros vão empobrecer e terão que ter vários empregos para conseguir um sustento digno”.
Reunião com o Grupo 3
A FEM-CUT se reuniu na tarde da quarta-feira, 4, com a bancada patronal do Grupo 3, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região.
Foram apresentadas novas redações para algumas cláusulas sociais da Convenção Coletiva por ambas as partes. O grupo patronal ficou de analisar em reunião com os empresários na próxima segunda-feira, dia 9.
“Pela proposta patronal, a reforma Trabalhista deve entrar em vigor primeiro para depois se discutir alguns pontos. Já para os trabalhadores é fundamental que se previna uma devassa nos direitos. Por isso, é necessário que a cláusula de salvaguarda esteja contemplada na Convenção”, reforçou o presidente da FEM-CUT, Luiz Carlos da Silva Dias, o Luizão.
Mais uma vez os patrões insistiram na redução do tempo da cláusula da estabilidade ao trabalhador acidentado ou com doença ocupacional. “Não há nenhuma possibilidade de se alterar essa cláusula, pois nesses casos a estabilidade deve ser mantida até a aposentadoria”, reafirmou Luizão.
A próxima reunião da Federação para obter um posicionamento do G3 deve ocorrer na terça-feira, dia 10. Mesmo dia em que os sindicatos filiados à Federação se reunirão para avaliar as possíveis propostas e definir os novos rumos da Campanha Salarial.
Da redação