Companheiros na Ford fortalecem a luta pelo emprego

Foto: Adonis Guerra

O acampamento dos trabalhadores na Mer­cedes completa hoje, dia 17, dez dias de luta contra as 500 demissões anunciadas pela empresa em maio.

Os companheiros do CSE e do SUR na Ford visitaram on­tem o acampamento, que acon­tece por tempo indeterminado na praça do cruzamento entre a Av. 31 de Março, Av. Lions e o Corredor ABD, na Pauliceia, em São Bernardo.

O diretor executivo do Sin­dicato e CSE na Ford, Alexan­dre Colombo, reforçou que a luta é de todos os trabalhadores. “A manifestação está sendo vis­ta em todo Brasil e no mundo. O importante é a resistência e a dedicação ao movimento, que tem todo o apoio do Sindicato e dos trabalhadores”, disse.

“Viemos trazer a nossa solida­riedade e também mantimen­tos para o pessoal no acam­pamento. Essa demonstração de luta mostra a coragem dos metalúrgicos na Mercedes e o importante é continuar até a vitória”, defendeu o coorde­nador geral da representação na Ford, José Quixabeira de Anchieta, o Paraíba.

“Como diz a música, quem sabe faz a hora. Não adianta ficar em casa reclamando. É a união que fortalece a luta”, afirmou Cláudio Teixeira, o Zuza, da coordenação do CSE na Ford.

O vice-presidente do Sin­dicato e CSE na Mercedes, Aroaldo Oliveira da Silva, agradeceu a solidariedade re­cebida. “A cada dia que passa, é importante receber apoios e a força dos companheiros. Eles mostram que não estamos so­zinhos e que a luta é de todos”, ressaltou.

Ontem cerca de 7.500 traba­lhadores ligados à produção retornaram das férias coletivas iniciadas em 1º de junho. “Os CSEs estão mobilizados para dialogar com os metalúrgicos na fábrica e discutir os enca­minhamentos da luta para os próximos dias”, prosseguiu Aroaldo.

Os vereadores Alemão Duarte, de Santo André, e Paulo Dias, de São Bernardo, também visitaram o acampamento ontem. Na semana passada, o coordenador do CSE na Mer­cedes, Ângelo Máximo Pinho, o Max, explicou a situação dos trabalhadores na fábrica em depoimento na sessão da Câmara de Santo André.

Os companheiros ainda receberam o apoio de repre­sentantes dos sindicatos dos Bancários do ABC e dos Escri­vães da Polícia Civil no Estado de São Paulo.

A luta continua!

“Temos um objetivo que é continuar mobilizados para defender os nossos empregos. O sustento das famílias é o fator determinante e a luta vai conti­nuar forte. Tenho um filho de um ano e é no futuro dele que penso enquanto estou aqui.” Thiago Ferreira, o Bob, caminhões pesados

“A minha vida inteira tive o sonho de entrar na Mercedes. São quatro gerações da minha família que trabalharam e se aposentaram na fábrica. Consegui entrar no Senai na Mercedes há cinco anos e o corte agora foi um choque, sem critério nenhum. Vamos até o final na luta.” Daisy Batista Gomes, importação e exportação.

Da Redação.