Companheiros na Ifer cruzam os braços por plano médico

Eles querem mudanças porque consideram o serviço insatisfatório.

Os companheiros na Ifer,
de Diadema, pararam a produção
de quarta a sexta-feira passadas
reivindicando mudanças
no plano médico e por um
plano de cargos e salários.

Segundo Davi Carvalho,
diretor do Sindicato, até o ano
de 2001 o plano era gratuito.
A partir daí, os trabalhadores
começaram à pagar 4%. Há
60 dias o antigo plano foi
substituído pelo Saúde ABC,
com o mesmo valor, mas com
qualidade inferior.

“Existem reclamações
de todo o tipo. A mais frequente
é quanto ao atendimento”,
afirma Davi. Um
dos problemas, segundo ele,
é que para se fazer qualquer
exame é necessária a liberação
do médico da fábrica.

Outro motivo da paralisação
é a criação de um plano
de cargos e salários que
coloque fim às diferenças.

Com a paralisação, a fábrica
procurou a intermediação
da Justiça do Trabalho,
que reconheceu a procedência
da reclamação dos companheiros.
Em audiência na sextafeira,
o Tribunal Regional do
Trabalho deu 20 dias para a fábrica
negociar uma alternativa
que resolva os problemas.