Compras por meio do consórcio devem crescer entre 7% e 8%, prevê Abac
A migração que vem ocorrendo entre as classes sociais brasileiras deve incentivar o uso do consórcio em 2011. A afirmação é do presidente executivo da Abac (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios), Paulo Rossi.
“Brasileiros da classe D migrando para a classe C e os da C indo para B sinalizam o desejo de usufruir maior qualidade de vida e adquirir novos bens. Isto nos permite projetar um crescimento nos consórcios entre 7% e 8% nos negócios com novas cotas”, afirma.
O destaque devem ser os veículos leves. Segundo a associação, as novas marcas, a estabilidade dos preços e a possibilidade de utilizar o crédito da contemplação nas promoções periódicas devem incentivar as vendas de cotas. Ainda segundo a Abac, as alterações nas condições de financiamento também poderão favorecer as adesões ao sistema.
Eletrônicos e imóveis
A entidade destaca ainda que, com mais dinheiro no bolso, o brasileiro pensa em ter casa própria e equipar esse imóvel.
“No setor de construção civil, a última década contou com grande presença do crédito vindo da poupança e do FGTS [Fundo de Garantia do Tempo de Serviço]. Porém, pode enfrentar uma escassez de recursos, o que faria com que os compradores avaliassem melhor o consórcio, que poderá se tornar uma fonte para o negócio”, garante a entidade.
Além disso, o consórcio deve ser cada vez mais usado como meio para fazer a atualização periódica dos eletroeletrônicos. “O consórcio é o meio mais barato e simples para a renovação de bens duráveis em casa”, diz Rossi.
A Abac aposta ainda no aumento de cotas de consórcios do segmento de serviços, cujo crédito pode ser usado tanto para se fazer uma viagem, quanto para pagar a faculdade ou ainda uma festa de casamento.
Do InfoMoney