Condições de trabalho no Brasil são discutidas em seminário da OIT
De acordo com o Dieese, entre 2001 e 2006, houve aumento do número de cláusulas trabalhistas relacionadas a eqüidade de gêneros. Por outro lado, houve redução daquelas relacionadas à igualdade racial
Representantes do setor sindical, do governo e de empresas privadas se reuniram na quarta-feira (18), no último dia do seminário Trabalho e Família: Compartilhar é a Melhor Forma de Cuidar, para discutir as condições de trabalho no Brasil e a desigualdade racial e de gêneros.
Segundo a representante da União Geral dos Trabalhadores, Cleonice Caetano Souza, as condições de trabalho no Brasil ainda são precárias. “O empregador não tem consciência, assim como o governo, de que se nós estivermos unidos e mantivermos a condição de trabalho,o trabalhador não adoece e produz mais”, afirmou.
Para a coordenadora da área de igualdade de gênero e raça da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Solange Sanches, a escassez de políticas públicas não só contribuem para a composição deste cenário no país, como também, não resolvem os problemas de desigualdade social e de gêneros.
De acordo com a economista do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese) Lúcia Garcia, entre 2001 e 2006, houve aumento do número de cláusulas trabalhistas relacionadas a eqüidade de gêneros. Por outro lado, houve redução daquelas relacionadas à igualdade racial.
Durante o encerramento do evento, promovido pela OIT, pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM) e pelo Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher (Unifem), foi apresentado o documento final com as propostas que serão levadas para a 98ª Conferência Internacional do Trabalho (CTI), que será realizada em junho, em Genebra.
Entre as ações descritas no documento, consta o debate amplo da Convenção 156 da OIT, que recomenda a proteção aos trabalhadores com responsabilidade familiar.
Da Agência Brasil