Confederações debatem crise e setor automotivo
Seminário reuniu 105 dirigentes sindicais que representaram 17 sindicatos de trabalhadores da categoria metalúrgica de todo o País, abrangendo trinta plantas de montadoras instaladas no Brasil
Mais de 100 dirigentes sindicais da categoria metalúrgica de todo o País participaram do seminário organizado pela Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM/CUT) em conjunto com a Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos da Força Sindical na quarta-feira (10), na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo. No encontro, decidiram que vão elaborar uma agenda de manifestações nas portas de fábrica e debates (com a participação de empresários e representantes do governo) para enfrentar e superar os efeitos da crise econômica mundial no País, garantir o nível de emprego e o desenvolvimento do setor metalúrgico e exigir contrapartidas sociais para toda a classe trabalhadora.
“Em algumas matrizes da indústria automobilista mundial há crises e os empregos estão se mantendo há dois ou três anos. Aqui tínhamos 27% de crescimento ao ano e no primeiro mês de baixa em um mês atípico, a imprensa supervaloriza a crise e fica falando em demissão diariamente. Os trabalhadores não vão pagar esta conta”, afirmou Carlos Alberto Grana, presidente da CNM/CUT.
João Carlos Gonçalves, o Juruna, Secretário-Geral da Força Sindical, afirmou que a categoria metalúrgica influencia as lutas das demais categorias do País e, neste sentido, a união das confederações dos metalúrgicos e centrais sindicais na busca de estratégias contra a ameaça de demissões é de extrema importância para o Brasil enfrentar a crise e garantir contrapartidas sociais para a classe trabalhadora.
Os companheiros, após uma apresentação do DIEESE sobre “Crise Financeira – Impactos sobre o Setor Automotivo brasileiro”, debateram o momento atual econômico brasileiro e mundial e aprovaram as ações da categoria metalúrgica para garantir a manutenção dos empregos nas montadoras e autopeças instaladas no Brasil e, conseqüentemente, em todo o setor.
Também contribuíram com o evento: Tadeu Morais, vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e presidente eleito do Dieese, Adi dos Santos Lima, secretário-geral da CUT-SP, Geraldino Santos Silva, tesoureiro da CNTM e diretor executivo da Força Sindical, Francisco Dal Prá, secretário-geral da CNTM, Sérgio Nobre, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Pascoal Carneiro, da CTB, e Nildo Mazini, diretor da Fiesp e presidente do Sicetel (sindicato das indústrias de trefilação).
DA CNM