Conferência da mulher discute o exercício do poder

Análise da realidade brasileira e desafios para a construção da igualdade na perspectiva da implementação do Plano Nacional de Políticas para as Mulheres; avaliação das ações e políticas propostas do plano; e participação das mulheres nos espaços de poder.

Estes serão os temas em debate na II Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, que será realizada entre os dias 18 a 21 de agosto, em Brasília. Participarão 2.800 delegados escolhidos em conferências estaduais, municipais e regionais.

Estes encontros ocorrerão até julho, sob a coordenação da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SEPM).

A convocação das conferências municipais será feita pelo poder público local e as estaduais pelos governos dos Estados.

De acordo com a Secretária, a participação feminina representa somente 9% no Senado e Câmara. “Já passou da hora de mudar esta realidade. As mulheres devem ocupar postos-chave na política, sindicatos, empresas. Precisam participar das decisões mais importantes, pois elas vão se refletir em seu dia-a-dia, na família e na sociedade”, destaca Michelle Silva, coordenadora da Comissão da Mulher Metalúrgica do Sindicato.

A ministra da SEPM, Nilcéia Freire, alerta que a aposentadoria feminina também poderá entrar nos debates porque existem setores que pretendem mudar as regras alegando que as mulheres contribuem menos tempo e vivem mais que os homens.

“A idade para a aposentadoria e o tempo de contribuição atuais não são um privilégio, mas uma compensação pela dupla jornada realizada pela mulher, com o trabalho dentro e fora do lar”, afirmou Nilcéia.