Confiança da indústria é a maior desde outubro de 2008
Foi a sexta aceleração consecutiva do indicador. Segundo a pesquisa, tanto as avaliações sobre o momento atual quanto as expectativas em relação ao futuro apresentaram melhora
O Índice de Confiança da Indústria (ICI) aumentou 4,8% em junho, ao subir de 89,5 pontos em maio para 93,8 neste mês, segundo dados divulgados nesta terça-feira pela FGV (Fundação Getúlio Vargas). Foi a sexta aceleração consecutiva do indicador e o maior patamar desde outubro do ano passado, com 104,4 pontos.
“O resultado sustenta a tendência de recuperação da indústria verificada no segundo trimestre. No trimestre anterior, o ICI já havia apresentado tendência ascendente, mas de forma lenta e muito concentrada no segmento de material de transporte”, avalia a entidade, em nota.
Apesar da elevação, o índice ainda está 5,3 pontos abaixo de sua média histórica. Já em relação a dezembro, quando atingiu a mínima de 74,7 pontos, o ICI está 19,1 pontos acima.
Segundo a pesquisa, tanto as avaliações sobre o momento atual quanto as expectativas em relação ao futuro apresentaram melhora. O ISA (Índice da Situação Atual) aumentou 4,4%, ao passar de 93,1 para 97,2 pontos, e aproximou-se de sua média histórica (99,9 pontos). O IE (Índice de Expectativas) avançou 5,2%, de 85,8 para 90,3 pontos.
Entre os quesitos integrantes do índice de confiança que retratam o momento atual, destaca-se o retorno à normalidade do nível de estoques industriais. A parcela de empresas que apontam estar com estoques insuficientes aumentou de 3,3% em maio para 5,9% em junho. Já a proporção das que afirmam estar com estoques excessivos diminuiu de 14,1% para 12,4%, o menor percentual desde outubro de 2008 (7,9%).
Ainda de acordo com a FGV, os empresários mostram um melhor ânimo em relação à tendência dos negócios nos próximos meses. Das 1.062 empresas consultadas, 34,7% esperam melhora e 27,4%, piora da situação dos negócios nos seis meses seguintes. No mês passado, esses percentuais haviam sido de 25,9% e 27,1%, respectivamente. É a primeira vez desde outubro de 2008 que as previsões favoráveis superam as desfavoráveis neste quesito da pesquisa.
Do Diário OnLine