Confiança da indústria sobe pelo 8º mês seguido em agosto

Segundo a FGV, a quinta elevação mensal consecutiva a taxas superiores a 4% levou o indicador a ultrapassar, pela primeira vez este ano, o nível dos 100 pontos percentuais. Acima desse patamar, a pesquisa indica otimismo

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) subiu 6,2% em agosto, ao subir de 99,5 pontos em julho para 105,7 neste mês, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (31) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Foi a oitava aceleração consecutiva do indicador e o maior patamar desde setembro do ano passado, com 115 pontos.

Segundo a FGV, a quinta elevação mensal consecutiva a taxas superiores a 4% levou o indicador a ultrapassar, pela primeira vez este ano, o nível dos 100 pontos percentuais. Acima desse patamar, a pesquisa indica otimismo.

“O resultado sugere a efetiva consolidação da recuperação industrial no País, embora o índice de agosto de 2009 ainda se encontre em patamar 11,2% inferior ao de agosto do ano passado, período anterior à crise internacional”, afirma a entidade, em nota.

Em agosto, tanto as avaliações sobre o momento atual quanto as expectativas em relação ao futuro melhoraram. O ISA (Índice da Situação Atual) aumentou 6,2%, ao passar de 101,1 para 107,4 pontos, indicando satisfação com a situação presente da atividade industrial. O IE (Índice de Expectativas) também avançou 6,2%, de 97,9 para 104 pontos – nível que sinaliza, pela primeira vez desde outubro de 2008, otimismo em relação aos meses seguintes.

Dos quesitos integrantes do índice de confiança relacionados ao momento atual, destaca-se a avaliação favorável sobre o nível de demanda. O indicador avançou 10,3%, ao passar de 95,7 para 105,6 pontos. Entre julho e agosto, a proporção de empresas que avaliam o nível de demanda atual como forte aumentou de 15,3%, para 23,4%, enquanto a parcela das que o consideram como fraco reduziu-se de 19,6% para 17,8%.

As previsões para a produção, que em julho já haviam sido favoráveis, continuaram melhorando em agosto. Das 1.105 empresas consultadas, 48,4% preveem aumento e 11,6%, redução da produção no trimestre agosto-outubro. Em julho, estes percentuais haviam sido de 43,2% e 13,0%, respectivamente.

Do Diário OnLine