Confiança do consumidor paulistano bate recorde em outubro
Indicador da Fecomercio-SP registrou neste mês 154,3 pontos, o maior nível da série histórica iniciada em 1994
As turbulências criadas pela crise financeira mundial não causam mais receio aos consumidores paulistanos, que projetam uma recuperação em larga escala da economia brasileira nos próximos meses. É o que indica o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) de outubro, divulgado nesta quarta-feira, 14, pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP). O indicador, que apresenta trajetória de alta desde abril, registrou neste mês 154,3 pontos, o maior nível da série histórica iniciada em 1994. O resultado indica crescimento de 5,6% ante setembro (146,1 pontos) e de 11% em relação a outubro de 2008 (138,9 pontos), período de agravamento da recessão mundial.
O balanço da Fecomercio-SP trabalha com uma escala de 0 a 200 pontos, indicando pessimismo abaixo de 100 pontos e otimismo acima desse nível. Os especialistas da entidade relacionam o desempenho histórico do indicador ao aquecimento nas vendas do comércio varejista, que em agosto registraram crescimento de 3,3% ante o mesmo mês do ano passado. “É nítido o aumento na confiança do consumidor. Para ele, o termo ´crise´ faz parte do passado”, explica Thiago Freitas, economista responsável pelo ICC. Segundo ele, a combinação do aumento do rendimento real com a ocupação e a preservação da renda das famílias tem aquecido a expectativa dos consumidores e puxado o desempenho do indicador.
O ICC da Fecomercio-SP é composto por dois subíndices: Icea (Índice das Condições Econômicas Atuais), que determina a pretensão dos consumidores em relação à situação atual, e IEC (Índice de Expectativas do Consumidor), que revela a percepção em relação à situação futura. O primeiro registrou em outubro alta de 3,3%, chegando a 145,8 pontos. Em paralelo, o Iec apresentou salto de 7%, atingindo 159,9 pontos – o melhor resultado apresentado pelo índice este ano.
O ICC é apurado mensalmente pela Fecomercio-SP desde 1994. São ouvidos 2.100 consumidores no município de São Paulo.
Da Agência Estado