Confiança dos consumidores no Brasil é maior do que nos EUA, Argentina e Europa
O nível de confiança do consumidor brasileiro supera o nível de confiança dos consumidores de economias como Argentina, Estados Unidos e a Europa como um todo.
De acordo com um estudo divulgado na última quarta-feira (26) pela FGV (Fundação Getulio Vargas), a confiança dos consumidores no País, medida pelo ICC (Índice de confiança do consumidor), subiu 5,4% entre junho e julho deste ano.
Confiança no mundo
Analisando a tendência desse sentimento, que é apontada pela média móvel trimestral, a confiança do consumidor no Brasil fica na faixa dos 110 pontos. A média móvel é utilizada, pois é capaz eliminar as oscilações mensais muito intensas e apontar uma tendência real.
Ainda por meio da média móvel, a confiança do consumidor nos Estados Unidos fica em uma faixa que vai dos 55 aos 60 pontos. Conforme explica a coordenadora da pesquisa, Viviane Seda Bittencourt, para fazer esse tipo de comparação, pega-se dados das economias externas e coloca-se em uma mesma base de comparação com o Brasil.
Apesar da grande distância entre Brasil e Estados Unidos, quando comparamos a confiança dos consumidores brasileiros com a dos consumidores de países como Argentina e China e a Europa como um todo, a situação não é tão dispare.
Na Argentina, a média móvel trimestral coloca o confiança dos consumidores em um nível próximo aos 100 pontos. Na China, apesar de os dados disponíveis serem até março deste ano, o nível está na mesma faixa do nível brasileiro. Na Europa, por sua vez, o nível de confiança fica entre os 90 e 95 pontos.
Confiança por faixas de renda
O estudo também apontou como anda a confiança dos consumidores brasileiros em cada faixa de renda. Pelos dados, os maiores níveis de confiança, também registrados através de médias móveis, foram observados entre aqueles que ganham de R$ 2.100,01 a R$ 4.800,00 (classificados como renda 2) e entre aqueles que ganham de R$ 4.800,01 a R$ 9.600,00 (classificados como renda 3).
No primeiro caso, a confiança atingiu 127,7 pontos, já no segundo, a pontuação foi bem semelhante, de 127,8 pontos. Apesar da semelhança, é possível observar que a confiança da população classificada como renda 2 subiu 9% entre junho e julho deste ano e a dos de renda 3 subiu apenas 1% no período.
Nas demais faixas de renda, a confiança dos que ganham até R$ 2.100,00 ficou em 120,4 pontos, com crescimento de 7,5% também entre junho e julho deste ano. Já o nível dos que ganham mais de R$ 9.600,00 foi de 119,3 pontos, o menor entre todos as faixas de renda, subindo 2,8% frente junho deste ano.
Do InfoMoney