Confirmada greve nacional dos trabalhadores chilenos em agosto

A Central Unitária de Trabalhadores (CUT) confirmou a realização de uma greve nacional de 48 horas no próximo mês em demanda de melhores condições trabalhistas, educação pública e uma nova Constituição para o Chile.

Arturo Martínez, presidente da central sindical chilena, ratificou a convocação à greve para os dias 24 e 25 de agosto, depois da reunião ontem do Conselho Nacional Ampliado da CUT.

As reivindicações dos trabalhadores inclui um novo Código do Trabalho, reforma ao sistema tributário chileno e uma nova Constituição Política do Estado. “A que temos, disse Martínez, foi feita na ditadura, emendada várias vezes, mas sem dar conta de uma democracia para valer”.

Agregou que um dos maiores problemas do Chile é a grande desigualdade existente e que se reflete no modelo educacional, no qual impera o lucro.

Nesse sentido opinou que urge “desmunicipalizar e fortalecer o ensino público”. Por isso, sustentou, a CUT continuará respaldando as manifestações das federações estudantis contra a mercantilização do ensino.

Temos que mudar este Chile desigual e injusto, declarou Martínez em gigantesco ato na Alameda de Santiago no dia Primeiro de Maio.

Na ocasião ilustrou como tal desigualdade é percebida com particular crueldade no mercado de trabalho, marcado pela precariedade, pelos baixos salários e ausência de cobertura social, fatores todos geradores de lares pobres.

Isso que vemos no Chile, remarcou então, “é o mercado sem regulação, que trata as pessoas de maneira cruel e desumana”.

Da Prensa Latina