Congresso Nacional, governo federal e parte dos governadores selam pacto para tirar direitos dos trabalhadores
Para dar ajuda aos estados e municípios, Bolsonaro determina que salário dos servidores seja congelado
Em reunião virtual hoje com governadores, Bolsonaro pediu apoio para congelar os salários de servidores da União, estados e municípios até o final de 2021. Em contrapartida, anunciou que irá sancionar o pacote de socorro financeiro aos estados e municípios, estimado em R$ 125 bilhões, com quatro vetos. Um deles é ao trecho que possibilita que algumas categorias do funcionalismo recebam reajustes.
“Congresso Nacional, governo federal e parte dos governadores selaram um grande pacto para tirar direitos dos trabalhadores, em mais um ataque aproveitando esse momento de pandemia, em que a população já está fragilizada, para deixar o trabalhador mais pobre. Bolsonaro é um Robin Hood às avessas, tira do trabalhador para dar para o Estado e para os mais ricos”, afirmou o secretário-geral do Sindicato, Aroaldo Oliveira da Silva.
O diretor lembra que quando houve a proposta de congelamento dos salários dos servidores, a bancada da esquerda lutou para que professores, coveiros e profissionais da saúde ficassem de fora da medida. “É um absurdo cortar direito, o Estado tem que assumir e garantir que o trabalhador fique em casa com renda e jamais reduzir salário daquele que continua trabalhado em condições ainda mais precárias”.
O projeto aguarda a sanção desde 6 de maio. O prazo final é 27 de maio. O presidente sinalizou que sancionaria ainda nesta quinta, mas o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, pediu que antes sejam feitos ajustes em decretos sobre contratação de policiais.