Congressos da CUT: Pelo projeto dos trabalhadores

Metalúrgicos que participaram da assembléia de ontem à noite na Sede do Sindicato escolheram por unanimidade os delegados aos congressos da CUT e defenderam a reeleição do presidente Lula.

Delegados eleitos por unanimidade

Assembléia na noite de ontem na Sede do Sindicato elegeu por unanimidade os 78 companheiros que irão representar os metalúrgicos do ABC nos congressos estadual e nacional da CUT. Cerca de 2.500 companheiros e companheiras participaram.

Também por unanimidade, os metalúrgicos aprovaram que o ponto central dos congressos é a defesa de um projeto dos trabalhadores, encarnado no governo do presidente Lula.

Contra o desmonte – “É a defesa do projeto Lula, contra o projeto neo-liberal representado pelo tucano Alckmin que retira direitos dos trabalhadores e destrói o estado”, salientou o presidente do Sindicato, José Lopez Feijóo.

“Se há algo de ruim neste governo a gente tem de consertar e o que tem de bom a gente tem de melhorar”, frisou Feijóo, ao falar da importância que os congressos têm para definir as propostas  de luta dos trabalhadores para organização sindical, desenvolvimento econômico e social, e para a democracia.

Pela reeleição do presidente Lula

O secretário-geral da CUT, Artur Henrique da Silva, um dos candidatos à presidência da central, afirma que a posição da CUT diante dos projetos políticos em disputa no País será um dos temas a dominar os debates no congresso. “Vamos defender a reeleição de Lula como um projeto dos trabalhadores “, adianta.

Segundo Silva, o congresso também deverá firmar a posição da CUT como uma das mais importantes interlocutoras da sociedade, ao apresentar propostas que se relacionam com direitos dos trabalhadores. “A nossa ação para o reajuste do salário mínimo foi corretíssima e esperamos ter resultado igual com a luta pela redução da jornada”, explica o dirigente.

O secretário-geral também critica a pouca articulação que o movimento sindical e os sociais têm em suas bases, e afirma que essa será uma tarefa que o congresso tem a corrigir.

A CUT também defenderá um reposicionamento do Estado de forma que o cidadão tenha mais poder de participação em decisões, principalmente quando estiver em disputa os orçamentos públicos. “Não fazemos plebiscitos ou referendos e raramente participamos de decisões sobre o uso de verbas sociais”, lamenta, apontando para os empresários que têm um poderoso poder de pressão sobre os poderes públicos.

Também entrarão em debate o reforço das estruturas da CUT e a sua organização por ramos, como as confederações, a organização dos trabalhadores na economia informal e de empresas terceirizadas.

O 9º Congresso Nacional da  CUT será realizado entre os dia 5 e 9 de junho no Anhembi e contará com a presença de  2.500 delegados de 1.997 sindicatos, os maiores números de participação desde os dois últimos congressos.