Conheça a história do carnaval

A festa foi comemorada de diversas maneiras diferentes em sua longa existência.

Da Grécia para o Rio de Janeiro

O Carnaval tem origem incerta. Pode estar ligado aos cultos em agradecimentos à fertilidade do solo, na Grécia de 600 a.C., aos festejos no campo, quando há 10 mil anos as pessoas se pintavam para afastar os demônios da má colheita, ou na Antiguidade Clássica, com suas danças barulhentas e máscaras.
Eram manifestações populares que iam se adaptando às épocas e à tolerância dos governantes. Na Idade Média, no século 15, h avia o carnaval romano com corridas de cavalos, carros alegóricos, batalhas de confetes e lançamento de ovos.
No Renascimento, o carnaval teve um caráter mais romântico.
Depois de um período de declínio, o carnaval voltou a ser popular, principalmente na França e Itália, com a realização de baile de máscaras e desfiles alegóricos.


No Brasil Colônia, o carnaval teve como principal manifestação o entrudo

Brasil
No Brasil, o carnaval chegou com os portugueses. Na época da Colônia (1500 – 1822), a principal manifestação foi o entrudo (entrada).
Eram pobres e escravos denunciando situações de opressão e atirando nas pessoas água, fuligem, vinagre, gema e cal.
Depois o entrudo assumiu uma forma mais leve, com o uso de limões de cheiro e água perfumada.
O primeiro baile de máscaras aconteceu em 1840, no Rio de Janeiro, e eles rapidamente se popularizaram. Eram animados com polcas, valsas e quadrinhas.
Em 1890, Chiquinha Gonzaga compôs para o cordão Rosas de Ouro a primeira música para o carnaval, Ô Abre Alas.
As pessoas frequentavam os bailes fantasiadas, com máscaras inspiradas nos cordões parisienses.

Surge o modelo carioca


Os corsos desfilavam na Avenida Brasil, no Rio.

Anos depois sugiram as grandes sociedades com seus carros alegóricos, que desfilavam ao som de óperas, com alegorias, fantasias, críticas e sátiras ao governo.
Em seguida, em 1870, surgiram os cordões carnavalescos. Eram negros e brancos pobres que saíam às ruas com instrumentos de percussão, com influência dos rituais africanos.
Os ranchos carnavalescos surgiram no final do século 19.
Suas apresentações eram próximas das características do folclore nordestino com uso de ganzás, violas e pratos.

Escolas de Samba
No início do século 20 apareceram os corsos. A elite saía fantasiada nos carros, percorrendo as ruas e jogando confetes e serpentinas. Com as marchinhas, o carnaval ficou mais animado.
Em seguida apareceram os blocos, formados pelas comunidades, com forte influência da cultura negra, com o batuque e o gingado. Eles foram os embriões das escolas de samba. O Vai Como Pode originou a Portela, o bloco dos Arengueiros deu origem à Mangueira.
O modelo do carnaval carioca se estendeu às outras regiões do País, menos na Bahia e no Pernambuco.