Conheça os principais índices de inflação

Os índices de inflação
são instrumentos para medir
a variação dos preços,
seu impacto no mercado
e no custo de vida. Eles
surgiram na década de 50 a
partir da criação do salário
mínimo.

As diferenças nos índices
podem ser explicadas
pelas diversas metodologias
adotadas pelas entidades e
nos objetivos para o cálculo
da inflação.

A variação entre eles
está na relação dos produtos
e serviços pesquisados, no
público que é afetado pela
variação dos seus preços e
no período de medição dos
dados.

A idéia de cada índice é
acompanhar os preços que
são importantes para uma
determinada parcela da população.

Dessa forma, o preço
da alimentação vai ter mais
peso em uma pesquisa sobre
o custo de vida entre
a população que ganha até
seis salários mínimos do
que aquela que colhe dados
para apontar a inflação a
quem ganha entre um e 40
mínimos.

Como as populações
são diferentes, mesmo se
fossem coletados preços
iguais, os índices seriam diferentes,
pois os pesos dos
itens pesquisados também
são diferentes.

Os principais indicadores
são medidos pelo IBGE – Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística,
FGV – Fundação Getúlio
Vargas e FIPE – Fundação
Instituto de Pesquisa Econômica
da USP.

Estes são os principais medidores

INPC – Índice Nacional de Preços
ao Consumidor –
Realizado pelo
IBGE, ele mede a inflação para famílias
com rendimentos entre um e seis salários
mínimos em nove regiões metropolitanas
e duas capitais.
Mede também a variação de preços
no mercado varejista considerando
465 itens. É o índice utilizado para
negociações de reajustes salariais.

IPCA – Índice de Preços ao Consumidor Amplo – Foi criado para
medir a variação de preços no comércio
e reflete o custo de vida de famílias
com renda mensal de um a 40 salários
mínimos em 11 regiões metropolitanas.
Feito pelo IBGE, segue a mesma
metodologia do INPC. Os dados são
colhidos entre o primeiro e o último dia
do mês. É usado pelo Banco Central
como índice oficial da inflação do País.

IPCA – E – Índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial –
Também apurado pelo IBGE, tem a
mesma metodologia do IPCA, mas o
período da coleta de dados vai do
dia 16 de um mês ao dia 15 do mês
seguinte. É usado para reajustar o IPTU.

IGP – Índice Geral de Preços – É
o cálculo da variação de preços de
produtos e serviços feitas em sete
capitais, medido pela Fundação Getúlio
Vargas. Ele é formado pela média de
outros três índices. O Índice de Preços
por Atacado, com peso de 60%; o
Índice de Preços ao Consumidor, com
peso de 30%; e o Índice Nacional de
Custos da Construção, com peso de 10%.
Usado para reajuste das tarifas públicas e
dos contratos de aluguel.
O IGP existe em três versões, que se
diferenciam pela data de coleta dos
dados.

IPC – Fipe – Índice de Preços ao Consumidor – Feito pela Fundação
Instituto de Pesquisa Econômica da
USP, mede o custo de vida de famílias
com renda mensal de um a 20 salários
mínimos que moram na cidade de São
Paulo. É utilizado como indexador
informal para contratos da Prefeitura da
capital.

IPC – S – Índice de Preços ao Consumidor Semanal – Medido pela
Fundação Getúlio Vargas (FGV), calcula
a variação de preços de 456 produtos e
serviços em sete capitais do País. Usa uma
pesquisa que indica o que cada família
gasta em média e quais itens possuem
maior relevância, refletindo o custo de
vida de famílias com renda mensal de um
a 33 salários mínimos.

IPC – SP – Também medido pela FGV,
usa a mesma metodologia do IPC – S, mas
considera apenas São Paulo.

ICV – Dieese – Índice do Custo de
Vida do Dieese – Medido em São Paulo,
reflete o custo de vida de famílias com
renda média de R$ 2.800,00.