Conjuntura: Banco Central é criticado por Marinho
Em palestra realizada no último sábado no auditório do Senai de São Bernardo, o ministro Luiz Marinho voltou a afirmar que a guerra fiscal é uma das principais responsáveis pelos problemas das cidades do ABC e aproveitou para criticar duramente a política de juros praticada pelo Banco Central.
“Só o Banco Central não percebe que precisamos trabalhar em sintonia com o Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC”, afirmou. “É um equívoco do BC atuar da forma que atua com essa política de juros, pois não olha a economia como um todo”, prosseguiu. “Se a inflação prevista era de 4,5% e ficou em 3,4% é porque o pessoal errou na dose, o remédio aplicado foi muito amargo”.
Para o ministro do Trabalho, este foi o principal motivo para a geração de emprego ser menor do que ele esperava, apesar de terem sido abertos quase cinco milhões de postos de trabalho.
“Os programas sociais ajudam, mas todos no governo sabem que o papel do Bolsa-Família não é eterno”, frisou. “Estamos pagando mais juros que direcionando recursos para investimentos, o que passa ao largo dos princípios que regem o PAC”, denunciou Marinho, colocando o dedo na ferida provocada pelo Banco Central.
O ministro só fez questão de deixar bem claro que o caminho definido pelo governo federal para contornar esses problemas não é o arrocho. “Escolhemos o caminho do crescimento com pé no chão, onde o governo possa contribuir criando e dando as condições para que os empresários confiem, invistam e assim possamos gerar mais riquezas, empregos e crescer, porque o País precisa crescer”, finalizou.