Conquista: Comissão limita precarização na mercedes

Acordo entre a Comissão de Fábrica e a Mercedes limita a contratação de trabalhadores como pessoas jurídicas, as PJs. Dos 12 mil companheiros na montadora, apenas 30 poderão ser contratados nessa situação.

A partir de agora a Mercedes-Benz terá de negociar
com a Comissão de Fábrica
a contratação de trabalhadores
como pessoas jurídicas,
as PJs.

A conquista está no
acordo que a Comissão de
Fábrica e o Sindicato acabam
de assinar com a montadora
e é um importante
avanço da campanha Não
caia nessa arapuca
.

O acordo limita em
0,25% do total de 12 mil
trabalhadores, cerca de 30
profissionais, as contratações
que a montadora pode
fazer de PJs.

Contra a emenda 3 – A luta contra a precarização
tem mais de um ano e
foi estimulada a partir da batalha
contra a emenda 3, que
possibilitava a precarização
dos contratos de trabalho.

Walter Souza, coordenador
da Comissão, explica
que foi feito um mapeamento
da fábrica, que possibilitou
a identificação de vários
trabalhadores que atuavam
como PJ em empresas terceirizadas.

“Vimos que muitos
companheiros aderiam a
PDVs em áreas administrativas,
mas continuavam
ocupando o mesmo posto.
Descobrimos que eles eram
contratados por empresas
de terceiros ou pela própria
Mercedes, sem nenhum
acompanhamento ou respeito
ao acordo de terceirização
que temos com a fábrica”,
assinalou Souza.

Produção e terceira – Desde o ano passado
a Comissão de Fábrica trabalhava
para acabar com as
PJs. No entanto, frisa Souza,
o que permitiu a regularização
das PJs foi o bom
momento da produção e a
necessidade da fábrica por
jornadas adicionais.

Outra conquista importante
do acordo é a Mercedes
determinar que a MSX,
empresa que presta serviço
de engenharia, formalize
todos os funcionários, que
hoje são PJs, até abril de
2008.
“Essa regulamentação
beneficiará muito os trabalhadores
terceirizados que
atuam na planta”, completou
Souza.

2 mil metalúrgicos contra o trabalho precário

O combate ao trabalho
precário dominou os debates
da reunião da Federação
Internacional dos Metalúrgicos
– Fitim, encerrada sexta-feira,
com um marcha pelas
ruas de Salvador, na Bahia.

Para o presidente da
Confederação Nacional dos
Metalúrgicos (CNM-CUT), Carlos Alberto Grana, o
Brasil, por ter um grande
número de trabalhadores
em situação precária, deve
se unir à classe trabalhadora
internacional nesse combate
e ser um dos principais expoentes
da luta pela carteira
assinada e melhores condições
de trabalho.