Conquistas são fruto da luta da categoria
Panorama geral da plenária de abertura do Congresso ontem à tarde na Sede do Sindicato
O presidente Lula disse que o 2º Congresso das Mulheres pode marcar uma nova trajetória na vida do Sindicato e das mulheres trabalhadoras porque muito do que aconteceu aqui (no Sindicato) virou luta e conquista para todo o País.
“É importante que o que se discutir e se aprovar aqui seja uma caixa de ressonância para se transformar numa plataforma de luta e de conquistas”, enfatizou.
Num discurso no qual entremeou passagens de sua vida pessoal com a vivência como homem público, Lula disse que sua mulher (Marisa) adquiriu consciência à medida que começou a conviver com o Sindicato. “Foi aí que vi que a predominância não era mais a masculina e isso as mulheres deixaram explícito no Congresso de 1978”, recordou.
Guerra – Ao comentar pesquisa da subseção Dieese que mostra a mulher metalúrgica do ABC com salários médios 53% maiores que o das demais metalúrgicas brasileiras, o presidente salientou tratarse de resultado da luta da categoria e da tradição do Sindicato e que essa luta precisa evoluir para que as mulheres tenham os mesmos direitos que os homens já conquistaram.
“É bobagem acreditar que os homens vão lhes dar mais espaço”, disse Lula se dirigindo à plateia majoritariamente feminina. “Não se trata de fazer uma guerra de gênero, daquela luta feminista dos anos 70 de mulheres contra homens, mas a luta por igualdade”, concluiu.
Alegria – Na abertura do evento, a coordenadora do Coletivo das Mulheres Metalúrgicas do Sindicato, Simone Vieira, destacou a importância do encontro.
“O Congresso inaugura uma etapa nova que trará maior participação da mulher metalúrgica na vida do Sindicato e do País”, afirmou “Parabéns a todas por terem saído da fábrica e lotado a Sede com a alegria e a força de vocês”, prosseguiu.
“Homens e mulheres juntos para construir uma sociedade mais igual”, concluiu Simone.
Também faziam parte da mesa Nilcéia Freire, ministra da Secretaria da Mulher, Carlos Alberto Grana, presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT; e Luiz Marinho, prefeito de São Bernardo.