Consolidada, cooperativa Unimáquinas vai crescer

Trabalhadores já estão conquistando mais clientes


Foto: Rossana Lana / SMABC

Uma comemoração na sexta-feira passada serviu para deixar um passado de aperto e incertezas para trás e trouxe um tempo de boas expectativas para os trabalhadores na Unimáquinas, de São Bernardo.

Passado de aperto porque são sobreviventes à falência da antiga Lawes, fabricante de máquinas para a indústria farmacêutica. Expectativa, porque com uma cooperativa montada e em consolidação, o serviço vai chegando aos poucos, especialmente dos grandes laboratórios.

“Estamos confiantes porque estamos reconquistando clientes”, afirma David Dalecio, funileiro industrial ao apontar para uma máquina em reforma para o laboratório Aché.

A representante comercial Telma Aparecida Vighi acredita que daqui pra frente vai melhorar. “Estamos engatinhando, mas a Unimáquinas é bem recebida e laboratórios que deixaram de comprar da antiga Lawes voltaram”, comenta.

Com a produção num galpão alugado no bairro de Rudge Ramos, o presidente da cooperativa, o fresador ferramenteiro Marcos José Lopes, conta que os trabalhadores vivem uma fase bem adiantada do empreendimento por conta do apoio do plano de negócios montado pela Universidade Metodista e pela consciência do que é atuar na economia solidária. “Superamos a fase mais difícil para entramos num novo horizonte”.

“A tarefa que mais gostei”
O vice-presidente do Sindicato, Rafael Marques, disse que esses dois anos que acompanhou os trabalhadores, desde a quebra da Lawes à formação da cooperativa Unimáquinas, foi uma das coisas que mais gostou de fazer no Sindicato.

“Só de ver como estavam há dois anos e ver agora é muito gratificante”, comemora.

Com a fábrica falida, segundo ele, trabalhadores e Sindicato não tinham muito que fazer a não ser “arriscar e meter as caras” para assumir a produção da fábrica. “Reerguer a produção pela peãozada e levantar a sua autoestima é muito bom”, conclui Rafael.

Da Redação