Construção de cisternas: “Vamos aumentar a inclusão social”
O companheiro Raimundo Domingos Silva, o Raimundinho (foto), da Comissão de Fábrica na Mercedes, foi designado para acompanhar o processo de construção das cisternas com o dinheiro doado pela categoria ao Fome Zero. A previsão é arrecadar até R$ 600 mil, que permitirão a construção de 400 cisternas com capacidade para 16 mil litros de água.
As cidades indicadas pelo Fome Zero são Itaíba e Pesqueiro, em Pernambuco, e Remanso e Casa Nova, na Bahia.
Nessas cidades, o IDH – Índice de Desenvolvimento Econômico é semelhante ao dos países piores classificados na pesquisa de qualidade de vida preparada pela ONU.
A falta de água impede as lavouras de subsistência, provoca debandada dos trabalhadores rurais para as áreas urbanas e agrava os casos de desnutrição infantil pelo uso de água de má qualidade.
– O que já está decidido?
Vamos trabalhar em conjunto com o programa Fome Zero, que centraliza as ações para combater as causas estruturais da fome e da pobreza.
– Qual o primeiro passo?
Visitarei as quatro cidades para definir o número de cisternas em cada localidade, de acordo com as necessidades das famílias. E também prestar contas à categoria de como o dinheiro será aplicado.
– Como as cisternas serão cons-truídas?
Para a construção das cisternas vamos dar prioridade à mão de obra e material das próprias localidades. A proposta é fazer com que as comunidades tenham condições de encontrar os próprios meios de inserção social.
– Qual outra preocupação?
Além da construção das cisternas, será preciso capacitar as famílias beneficiadas para o uso adequado da água.
– Como nordestino, você acha que as cisternas são a solução?
A construção de cisternas é apenas uma das ações nesse sentido. Para o combate da fome e da pobreza, o Fome Zero acerta quando implanta também o cartão alimentação, cursos de alfabetização, bolsa renda, bolsa alimentação, incentivo à agricultura familiar e farmácia básica.