Construindo novas relações
Para que uma nova sociedade
seja possível temos
como desafios distribuir renda
de forma justa e consolidar
uma outra cultura através
de novos valores.
Em “Pedagogia do
Oprimido” Paulo Freire coloca:
“Se os homens são os
produtores desta realidade e
se esta, na inversão da prática
política , se volta sobre
eles e o condicionam, transformar
a realidade opressora
é tarefa histórica, é tarefa
dos homens.”
Para o autor, a nossa
sociedade, desigual, opressora
e injusta, produz homens
e mulheres que, mesmo
entre os oprimidos, oprimem.
Mesmo entre nós que
buscamos construir uma sociedade
mais humana e
igualitária vivemos as contradições.
Até em espaços
onde as regras do jogo são
democráticas podemos identificar
práticas autoritárias,
sentimentos competitivos,
olhares individualistas
etc…
Por sermos sujeitos da
construção de uma nova sociedade,
é importante que
identifiquemos as contradições
nos espaços (família,
comunidade, sindicato e fábrica),
e porque isso acontece.
Somos contaminados
pela lógica de um capitalismo
que tem em sua raiz uma poderosa
construção ideológica
que permeia as relações de
forma quase invisível, com
valores importantes para sua
manutenção, tais como:
Individualismo – a noção
de que uma sociedade é
feita da soma de indivíduos
que, lutando por seus interesses,
resultariam numa sociedade
saudável.
Competição – a noção
de que os vencedores são
aqueles que saem na frente,
que disputam melhor, usem
as armas que usarem.
Disputa pelo poder – a
noção de que você só é alguém
se estiver acima de alguém,
e para tanto você deve
reter mais conhecimento,
mais dinheiro e mais poder.
Precisamos, ao identificá-los, lutar diariamente para
descontrui-los porque, do
contrário, acabamos perpetuando
valores que não são
os nossos.
Departamento de Formação