Construindo sindicatos livres e autônomos

Na coluna passada apresentamos o material que a Formação produz e utiliza nos seus programas para debater a reforma sindical e trabalhista. Diga-se que nosso Sindicato se diferencia na CUT pela forma como aborda o tema. No material da Formação se fala também de outros elementos do atual sistema corporativo que devem ser superados. Vamos dar uma conferida?

No lugar do monopólio da representação, que no sistema corpo-rativo vem casado com a unicidade, a gente bota outra regra, a da repre-sentatividade. Isso significa que representa os trabalhadores quem, de fato, é reconhecido por eles e pelos outros.

Como a gente reconhece isso? Através de alguns critérios: número de trabalhadores filiados; número de votos recebidos nas últimas eleições; acordos coletivos celebrados, entre outros. No caso do sindicato nacional, conta muito o fato de ter representação no maior número possível de regiões. No caso das Centrais, conta muito o fato de estar representada no maior número possível de ramos e setores, além das regiões.

Não se pode esquecer que os trabalhadores devem ser representados em todos os níveis, a começar pelo local de trabalho. Os demais níveis de organização podem ser local/municipal, regional e nacional. A combinação destes diversos níveis de representação depende da realidade do ramo produtivo, de sua distribuição espacial nas diversas regiões do País. O importante é lembrar que a estrutura da organização tem que manter uma relação com o processo de negociação: o sindicato nacional celebra acordos nacionais que podem ser atualizados por setor/região e por empresa/local de trabalho.

No lugar do imposto sindical, a contribuição voluntária. Os trabalhadores definem a forma (mensalidade, taxa referente ao acordo coletivo ou outra ) e o valor.

Departamento de Formação