Consultores estrangeiros em emprego apoiado visitam Rassini a convite do Sindicato
Experiência na empresa em São Bernardo inclui, de fato, trabalhadores com deficiência na produção
De olho na inclusão de trabalhadores com deficiência no mercado de trabalho, a Comissão dos Metalúrgicos do ABC com Deficiência esteve na empresa Rassini, em São Bernardo, nos dias 24 e 27 do mês passado com especialistas estrangeiros para que eles pudessem conhecer de perto a experiência de emprego apoiado na fábrica.
No dia 24 esteve na empresa o consultor argentino especialista em cultura organizacional, vice-presidente da Federação de Comércio e Indústria de Buenos Aires, Mariano Carlos Tarruella. No dia 27, a visita foi do uruguaio Martín Nieves, coordenador executivo da Secretaria de Deficiência de Montevideo.
O coordenador do CSE na Rassini, Antônio Elandio Bezerra, o Nando, explicou que as visitas tiveram por objetivo conhecer como funciona o modelo de emprego apoiado na empresa, acompanhado pelas duas instituições que atuam junto ao Sindicato, a ABEA (Associação Brasileira de Emprego Apoiado) e o ITS Brasil (Instituto de Tecnologia Social).
“Na Rassini, trabalhadores foram contratados com o suporte dessas duas instituições, elas dão todas as condições e a capacitação adequada para fazer a integração desses trabalhadores. E cabe o Comitê Sindical fazer a negociação com a empresa para que as portas sejam abertas a esses trabalhadores”, ressaltou o CSE.
Nando lembrou que em muitos casos essas pessoas não são contratadas para atuarem na produção, diferente do que ocorre na Rassini. “Esse trabalho do emprego apoiado faz uma inclusão muito importante porque culturalmente muitas empresas costumam alocar esses trabalhadores na faxina, na cozinha e não diretamente na parte fabril. Dentro da Rassini, esses trabalhadores estão na produção, como todo e qualquer trabalhador. ”
O diretor ressaltou ainda que o emprego apoiado conta com psicólogo e intérprete de libras para dar todas as condições e orientação que o trabalhador precisa.
Sindicato cidadão
“O nosso Sindicato é um sindicato cidadão, que vai além das máquinas, além das paredes da fábrica. É um sindicato que debate a inclusão, os direitos igualitários, a inclusão dos PCDs. Temos uma comissão fixa e própria para fazer esse debate e para levar as melhorias e as condições para o local de trabalho”.