Consumo das famílias acelera
Entre abril e junho, o consumo das famílias subiu 3,2%. Com esse resultado, interrompeu tendência registrada desde o terceiro trimestre do ano passado - auge da crise mundial - quando passou a apresentar taxas cada vez menores
O principal propulsor do crescimento do PIB, soma das riquezas produzidas por uma nação, foi mais uma vez o consumo das famílias, que se amplia há 23 trimestres, ou quase seis anos, em relação ao mesmo período do ano anterior. E, dessa vez, o gasto doméstico acelerou. Entre abril e junho, o consumo das famílias subiu 3,2%. Com esse resultado, interrompeu tendência registrada desde o terceiro trimestre do ano passado – auge da crise mundial – quando passou a apresentar taxas cada vez menores. De uma expansão de 7,3% entre julho e setembro de 2008, o consumo das famílias passou para uma alta de apenas 2,2% no último trimestre do ano passado e chegou a sua menor taxa nos três primeiros meses deste ano, de 1,3%.
Para Rebeca Palis, gerente de Contas Trimestrais do IBGE, o que pesou mais no crescimento do PIB no último trimestre foi o consumo, “os gastos das famílias foram afetados por vários motivos. O primeiro foi a atuação do governo, com as medidas de desoneração para automóveis e eletrodomésticos. Além disso, houve a continuação do crescimento da massa salarial (soma dos rendimentos obtidos por todos os trabalhadores) e do crédito para as pessoas físicas”.
Na comparação com o primeiro trimestre deste ano, na série com ajuste sazonal, o consumo das famílias avançou 2,1% entre abril e junho. Alexandre Maia, economista-chefe da GAP Asset, afirma que o bom desempenho do consumo das famílias espelha a melhoria no mercado de trabalho e no crédito, cuja retomada foi puxada pelos bancos públicos.
Além de maior segurança sobre o emprego, os consumidores aproveitaram a redução no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), promovida pelo governo como medida anticrise.
Da IBGE e Gap Asset