Consumo de gás mostra retomada em maio

O diretor de gás do Ministério de Minas e Energia, Marco Antônio Almeida, disse que a retomada no mês de maio foi em função dos leilões promovidos pela Petrobras

As indústrias retomaram o consumo de gás natural durante o mês de maio. Segundo dados divulgados pela Petrobras, até segunda-feira (25) o consumo médio diário chegou a 31,9 milhões de metros cúbicos, diante de uma média de 28 milhões registrada nos quatro primeiros meses do ano. “Em alguns dias, houve pico de consumo de 35 milhões de metros cúbicos”, segundo a diretora de gás e energia da Petrobras, Graça Foster.

Apesar da retomada, se comparado ao mesmo período do ano passado, o consumo ainda mostra uma queda acentuada, de cerca de 16%. De qualquer forma, é menos do que as retrações superiores a 20% registradas nos primeiros meses do ano.

A indústria ainda se ressente do alto preço do gás comparado ao óleo combustível, em função da fórmula aplicada pela Petrobras que só registra a queda dos preços internacionais do petróleo para o gás em períodos de três a seis meses. Mesmo assim, Graça disse ontem durante seminário realizado em São Paulo que existe uma clara tendência de queda nos preços do gás. Principalmente em função do volume de gás disponível. A empresa realizou cinco leilões neste ano, que registraram uma queda de cerca de 40% nos preços praticados. Mas a oferta foi feita somente às distribuidoras, já que a Petrobras não pode vender diretamente à indústria.

O gás boliviano, na visão de Graça, tende a ficar também mais barato. “A própria presença do GNL já mostra aos bolivianos o que será a renegociação dos contratos quando vencer os que estão em vigor”, disse Graça.

O diretor de gás do Ministério de Minas e Energia (MME), Marco Antônio Almeida, disse no mesmo evento que a retomada no mês de maio foi em função dos leilões promovidos pela Petrobras. Almeida garantiu que a oferta está equilibrada com a demanda para os próximos anos e destacou o novo terminal para importação de Gas Natural Liquefeito (GNL) que será instalado em 2013. A oferta em São Paulo, entretanto, foi revisada. Esperava-se que já no ano passado o Sudeste fosse capaz de produzir 40 milhões de metros cúbicos por dia, mas chegará em 33 milhões em junho desse ano.

Do Valor Econômico