Contra a crise, valorização do trabalho

centrais sindicais incluíram o combate à crise da agiotagem na pauta da 5ª Marcha a Brasília que farão no início de dezembro. Reivindicações como a redução da jornada e a garantia de emprego ganharam mais importância

Marcha a Brasília terá novas bandeiras de luta

Investimento público e valorização do trabalho são elementos decisivos para impulsionar o desenvolvimento do mercado interno e enfrentar a crise internacional gerada pela especulação.
É com essa visão que as centrais sindicais vão colocar novos ingredientes na pauta de reivindicações da marcha a Brasília, que realizarão no início de dezembro.
Diante da nova conjuntura externa, explicou o secretário geral da CUT, Quintino Severo, há uma avaliação comum das centrais
de que a 5ª Marcha Nacional a Brasília deverá enfatizar a luta por medidas de combate à crise, como a redução dos juros, e de fomento aos investimentos nas áreas sociais e de infra-estrutura, o que garante emprego, salário e direitos.
“Com a recessão batendo nos EUA, Europa e Japão precisamos priorizar iniciativas em defesa do nosso mercado interno, com uma resposta firme do Estado brasileiro em apoio à classe trabalhadora e ao setor produtivo. Os trabalhadores não podem pagar essa conta, que é do sistema capitalista e de sua lógica especulativa”, declarou Quintino.

Medidas
Desta forma, a jornada de trabalho sem redução de salário, medida que deve gerar mais de 2,2 milhões de empregos, a ratificação das Convenções da OIT 151, que assegura o direito à negociação coletiva no serviço público, e a 158, que coíbe a demissão imotivada, ganham muito mais importância como medidas para o enfrentamento da crise de agiotagem.
A 5ª Marcha Nacional a Brasília terá como tema Desenvolvimento e valorização do trabalho. São esperados cerca de 30 mil manifestantes.
Na pauta, também, o fim do fator previdenciário e reajuste da tabela do Imposto de Renda.