Contra as mensalidade no Sesi: Ação judicial e ato na Fiesp

Os pais de alunos do Sesi decidiram entrar com ação na Justiça para impedir a cobrança de mensalidades nas escolas paulistas, além de realizar protesto público em frente ao prédio da Fiesp para denunciar esse e outros problemas que comprometem o serviço prestado pela entidade e a qualidade do programa educacional.

A ação judicial vai pedir o fim da cobrança da mensalidade, uma vez que o Sesi já recebe dinheiro público para oferecer esse tipo de serviço e estaria incorrendo em bitributação, o que é proibido.

Na reunião, os pais ficaram surpresos ao saber que  sobra dinheiro no Sesi paulista, já que os supervisores de ensino alegaram que a cobrança é para cobrir parte dos custos com educação, pois a entidade daria prejuízo.

O presidente do Sindicato, José Lopez Feijóo, lembrou que o Sesi paulista, em 2005, teve um saldo positivo de R$ 140 milhões.

A cobrança da matrícula já causa sérios prejuízos aos pais dos alunos. “Não tive os R$ 250,00 da matrícula da minha filha”, protestou Aparecida Barbosa Lima.

“Vá lavar roupa para pagar a matrícula”

Durante o encontro, os pais denunciaram uma série de problemas, relacionando casos de arrogância e má educação de funcionários do Sesi.

Durante reunião na unidade de São Bernardo a supervisora reagiu assim aos protestos dos pais: “Se vocês estão achando ruim, que tirem seus filhos do Sesi”.

Numa escola da capital, uma funcionária mandou a mãe do aluno ir lavar roupa para conseguir os R$ 15,00 da matrícula.

“Se não consegue dinheiro, então tire seu filho daqui”, disse a funcionária.

Os pais relacionaram uma série de irregularidades:

• Muitos prédios abandonados e sem manutenção, com goteiras e pichações, como acontece em Mauá e Diadema.

• Fim da merenda em várias unidades.

• Banheiros sujos e falta de inspetores.

• Fim da tolerância no horário da entrada, deixando o aluno fora do prédio até o início da segunda aula.

• Proibição de uso dos banheiros durante as aulas.

Os pais decidiram criar uma associação para poder encaminhar com mais força a solução dos problemas.

“Só consegui matricular minha filha de 6 anos. A que terminou a 8ª série ficou de fora porque a matrícula é R$ 250,00” – Aparecida Barbosa Lima

“No dia em que meu filho sai mais cedo, às 11h, fica na escada até às 12h30 esperando a perua escolar. É proibido ficar dentro da escola. Quem se responsabiliza?” – João Pereira de Assis

“Os livos paradidáticos são caros. Teve ano que compramos 9 livros e nem todos foram lidos. A escola marca reunião de pais para às 9h30 e dificulta a nossa participação, já que trabalhamos” – Leila Carvalho

“Uma funcionária do Sesi Ipiranga me mandou procurar uma escola pública para minhas filhas” – Nailde Alves Santana

“São tantos os problemas, que o Sesi não cumpre o contrato de oferecer um bom ensino. Tenho dois filhos estudando no Sesi da Bom Pastor, em São Pau