Contra os ataques de Milei, brasileiros manifestam solidariedade aos argentinos
Movimentos foram realizados em apoio à greve geral na Argentina
Movimentos populares, centrais e entidades sindicais do Brasil realizam, ontem, atividades em várias capitais do país em apoio às trabalhadoras e trabalhadores argentinos que, também hoje, realizam a primeira greve geral contra o governo de Javier Milei.
Em Brasília, os atos começaram em frente à embaixada da Argentina, às 10h. Em São Paulo, as atividades foram marcadas para as 17h, em frente ao Consulado Geral do país vizinho.
No ato em São Paulo, o secretário-geral da CUT-SP, Daniel Bispo Calazans, declarou apoio. “Toda solidariedade as trabalhadoras e trabalhadores argentinos que se levantam, se mobilizam, se unem e lutam contra o desgorno Milei e a extrema direita, que quer governar por decreto em ataque frontal contra os direitos dos trabalhadores, suas instituições e representantes”.
Medidas dão superpoderes a Milei
Na presidência da Argentina desde 10 de dezembro de 2023, Javier Milei, iniciou seu governo com duas medidas que justificam as manifestações antigoverno no país: o DNU (Decreto de Urgência Nacional) e o Projeto de Lei de Bases e Pontos de Partida para a Liberdade dos Argentinos, a “lei Omnibus”. Combinados, somam mais de mil artigos.
O DNU tem 366 artigos, de medidas neoliberais que desmontam os sistemas de proteção laboral, social, e de saúde, além de desregulamentar a economia. Já a lei Omnibus tem 664 artigos, que preveem, entre diversas medidas, superpoderes ao presidente Milei, permitindo-lhe declarar emergência pública nas áreas econômica, financeira, fiscal, de segurança e de defesa até dezembro de 2025, podendo ser prorrogada por mais dois anos, ou seja, até o fim de seu mandato.
As duas medidas – DNU e Omnibus – precisam ser submetidas a aprovação do Congresso argentino, onde o partido de Milei, o La Libertad Avanza (LLA), tem pouca força – 41 entre os 257 deputados na Câmara e 7 entre os 72 senadores.
Com informações da CUT